- Conferências
- Notícias
- Fundação SiGMA
- Treinamento & Consultoria
- SiGMA Play
- Tour de Pôquer
- Sobre Nós
Falando em uma sessão de mesa-redonda na Conferência ICE em Barcelona, Regis Dudena, chefe do principal órgão regulador de jogos do Brasil, afirmou que espera que o país no novo mercado de jogos de azar online.
Com o mercado regulamentado de jogos online no Brasil ainda em sua fase inicial, Dudena já enfrenta pressão de operadores licenciados para lidar com os desafios impostos por operadores offshore que continuam a atuar fora do arcabouço regulatório.
Ele destacou a importância de um processo de registro para provedores B2B, afirmando: “Cada vez mais, é necessário ter esse tipo de registro”. Ele indicou que uma licença completa não está nos planos imediatos, mas que algum tipo de certificação para sistemas de jogos online e outros provedores será implementado. O objetivo é garantir uma supervisão regulatória adicional para que todos os fornecedores atendam aos padrões estabelecidos.
Além do registro de provedores, Dudena enfatizou os esforços contínuos para combater operadores do mercado ilegal. A Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) está atualmente colaborando com grandes plataformas de mídia social, como Meta, Google e TikTok, para limitar a publicidade de operadores ilegais. Desde a abertura do mercado, as autoridades brasileiras já bloquearam milhares de domínios associados a atividades de jogos não licenciados.
Essa abordagem proativa reflete o esforço do Brasil para oferecer um ambiente seguro para os jogadores, enquanto trabalha com reguladores estrangeiros para identificar e eliminar operadores problemáticos em múltiplas jurisdições. Dudena mencionou conversas com representantes da Comissão de Jogos do Reino Unido para compartilhar e adquirir insights sobre experiências no setor. “Sabemos que é muito importante aprender com os erros de outros,” disse ele, enfatizando a necessidade de cooperação entre órgãos reguladores internacionais para lidar com problemas comuns no setor de iGaming.
Conforme o mercado brasileiro amadurece, as diretrizes de publicidade estão sob intensa análise. Preocupações sobre a saturação do mercado devido à intensa publicidade de novos operadores licenciados foram debatidas. Dudena destacou a necessidade de implementar controles mais rígidos sobre a publicidade, mas observou que essa medida poderá ser considerada no futuro. Ele ressaltou a importância de adotar uma abordagem paciente para avaliar os impactos das práticas de marketing atuais na percepção do público.
Alguns projetos de lei foram enviados ao Congresso brasileiro propondo a proibição total da publicidade de jogos de azar, mas Dudena se posicionou contra essas propostas, afirmando que elas não representam a melhor forma de gerir o mercado. Em vez disso, ele defende uma abordagem equilibrada, permitindo uma publicidade responsável que proteja os consumidores.
Pensando no futuro, Dudena comentou sobre a possibilidade de implementar um sistema centralizado de autoexclusão para jogadores. No entanto, seria necessário resolver preocupações relacionadas à proteção de dados pessoais antes de avançar. Essa consideração reflete a crescente conscientização sobre práticas de jogo responsável no contexto regulatório do Brasil.
Apesar dos planos ambiciosos, Dudena e sua equipe estão atualmente focados em lidar com um grande acúmulo de pedidos de licenciamento. Desde a abertura do mercado brasileiro, mais de 300 empresas solicitaram licenças, mas apenas 70 foram emitidas até agora. A SPA está encarregada de garantir que todas atendam a padrões rigorosos de conformidade antes de operar legalmente no Brasil.
Exigências rigorosas de registro de provedores colocariam o Brasil um passo à frente na regulamentação do mercado de jogos de azar online. A maior responsabilidade, combinada com o trabalho colaborativo com reguladores internacionais, garante segurança e transparência para os jogadores, enquanto minimiza problemas relacionados a operadores do mercado ilegal. É essencial que, dentro desse cenário em constante mudança, os diferentes stakeholders acompanhem as atualizações contínuas no arcabouço regulatório.