O Gambling Harms Action Lab é um programa inovador lançado pelo (Instituto de Políticas sobre Dinheiro e Saúde Mental) no Reino Unido, com o objetivo de reparar os danos causados pelo jogo excessivo. A iniciativa tem o objetivo de trabalhar com bancos e prestadores de serviços financeiros para desenvolver ferramentas mais eficazes para identificar e apoiar clientes que sofrem de danos relacionados ao jogo. Com duração de três anos, o programa foca na implementação de soluções como bloqueios bancários para jogos de azar e outras intervenções proativas que ajudem a proteger indivíduos vulneráveis. 

O lançamento oficial do programa ocorreu em 5 de novembro de 2024, e desde então, o Money and Mental Health Policy Institute tem colaborado com diversas instituições financeiras para criar um ambiente mais seguro para os clientes. A pesquisa com nome “Shining a light: Exploring the role of financial services in tackling gambling harms” mostra que há um grande espaço entre o número de pessoas que precisam de apoio em relação aos danos causados pelo jogo e aquelas que realmente acessam esses serviços. O estudo também destacou que o setor bancário é o único a oferecer esse suporte, devido o acesso às informações financeiras dos clientes, como seus hábitos de gastos e rendimento disponível. 

A pesquisa identifica quatro áreas chave para que os bancos possam melhorar o apoio aos clientes: a utilização de dados para identificar clientes em risco ou já afetados pelo jogo; o aprimoramento de ferramentas já existentes, como os bloqueios bancários para jogos de azar; a comunicação proativa com clientes identificados como vulneráveis; e a integração de informações sobre os danos causados pelo jogo ao longo da jornada do cliente. Essas medidas são especialmente importantes por causa do Consumer Duty, regulamentação do Reino Unido, que exige que as empresas adotem uma abordagem mais centrada no consumidor, levando em consideração as necessidades e dificuldades financeira dos clientes, como os danos causados pelo jogo. 

O Nationwide Building Society foi o primeiro a se inscrever no programa, mas o objetivo é reunir de cinco a sete instituições financeiras nos próximos 18 meses. A colaboração entre os diferentes prestadores de serviços financeiros e as organizações de apoio ao consumidor é vista como essencial para criar soluções eficazes e sustentáveis para lidar com os danos causados pelo jogo. 

O jogo excessivo pode levar a sérios danos, afetando não só as finanças pessoais, mas também as relações e a saúde emocional dos envolvidos. Iniciativas como o Gambling Harms Action Lab representam um passo importante para uma abordagem preventiva, que não depende apenas das políticas governamentais, mas também do engajamento de setores privados, como o bancário, para proteger os consumidores e promover um ambiente mais seguro para todos. 

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