O Escritório Nacional de Investigação (NBI, na sigla em inglês) das Filipinas anunciou a detenção de mais de 400 trabalhadores estrangeiros após uma operação em um suposto centro de Operadores de Jogos Offshore das Filipinas (POGO) na cidade de Parañaque, região metropolitana de Manila. O local é acusado de estar envolvido em atividades fraudulentas, incluindo golpes sentimentais e de investimentos. Entre os detidos estão cidadãos chineses, vietnamitas, indonésios e birmaneses.
As autoridades relataram que a operação, realizada em colaboração com o Escritório de Imigração (BI, na sigla em inglês), encontrou roteiros nos computadores dos trabalhadores, supostamente utilizados para enganar as vítimas. Apesar de uma proibição nacional às operações de POGO, imposta pelo presidente Ferdinand Marcos Jr. no ano passado, centros ilegais como este continuam operando clandestinamente.
Coleta de evidências e procedimentos em andamento
De acordo com o NBI, os trabalhadores detidos passaram por processos legais e de imigração enquanto seus dispositivos eletrônicos foram analisados em busca de mais evidências. As autoridades indicaram que o monitoramento do centro já vinha sendo realizado há algum tempo antes da operação.
O Secretário do Interior e Governo Local, Jonvic Remulla, exigiu explicações da administração da cidade de Parañaque sobre a presença do centro de POGO na área. O local, que aparentemente funcionava sem alvará de funcionamento válido, havia sido reaberto após um fechamento anterior.
O centro foi descrito como um núcleo de golpes em larga escala, com suspeitas de estar vinculado a uma rede maior de operações que visam vítimas local e internacionalmente. Alguns dos trabalhadores detidos tentaram fugir durante a operação, mas foram capturados.
As autoridades destacaram que remanescentes de operadores de POGO continuam a realizar atividades ilegais, apesar das medidas repressivas e da proibição. Foi enfatizada a importância de vigilância contínua e coordenação entre as agências para evitar que operações semelhantes continuem.
“A divisão de inteligência do Escritório, a unidade de busca de fugitivos (FSU) e o Grupo Anti-Terrorista (ATG) têm monitorado as atividades desses indivíduos há algum tempo”, afirmou Fortunato Manahan Jr., chefe da Divisão de Inteligência do BI. “As operações violaram leis de imigração e representaram riscos significativos para o público.”
“Esta operação é parte dos nossos esforços intensificados para combater atividades ilegais e garantir que os estrangeiros residentes no país cumpram nossas leis. Não toleraremos atividades que coloquem em risco a segurança e o bem-estar do público”, acrescentou o Comissário de Imigração Joel Anthony Viado.
Resposta do governo aos desafios impostos pelos POGOs
Autoridades do governo reafirmaram seu compromisso de enfrentar a questão e proteger o público contra golpes vinculados a essas operações. A investigação continua enquanto as autoridades buscam identificar mais evidências e garantir a responsabilização dos envolvidos nas atividades ilícitas.
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